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– Estudo publicado no Lancet em 2006
– 7.832 pctes randomizados para tratamento apenas com dieta ou com dieta + pravastatina 10-20 mg/d. Critérios de inclusão – idade entre 40 e 70 anos + CT entre 220 e 270. Principais critérios de exclusão – hipercolesterolemia familiar, passado de DAC ou de AVC.
– End point primário – primeiro evento coronariano (IAM, angina, morte súbita, revascularização miocárdica).
– Trial conduzido no Japão. O trabalho era controlado e randomizado mas não era duplo cego, ou seja, o pcte e o médico sabiam em que grupo o pcte estava.
– Follow-up médio de 5,3 anos
– O CT médio dos pctes do estudo era de 242 e o LDL médio de 156. 42% dos pctes eram hipertensos e 21%, diabéticos.
– Os pctes do grupo da estatina iniciavam o tratamento com pravastatina 10 mg/d. Caso o CT não baixasse para menos de 220 ao longo do trial, a dose podia ser aumentada para 20 mg/d.
– Houve diminuição do end point primário em 33% com o uso da pravastatina. Tal efeito deu-se basicamente às custas de diminuição de IAM (redução de 48%) e de revascularização miocárdica (redução de 40%). Não houve diminuição de morte súbita ou de angina.
– NNT para prevenir 1 evento coronariano com o uso da pravastatina durante 5,3 anos – 119 pctes. Para prevenir 1 IAM – 225 pctes.
COMENTARIOS
– A dose de pravastatina usada no trial foi menor do que a usada no WOSCOPS. A dose de 10-20 mg de pravastatina é considerada de baixa potência pelo guideline americano enquanto que a dose usada no WOSCOPS (40 mg/d) é considerada moderada. No MEGA a redução média do LDL foi de 18%. O guideline americano coloca que reduções inferiores a 30% de LDL são consideradas de baixa intensidade.
– Como visto pelo NNT citado para prevenir um evento coronariano (119) – o efeito da terapia estudada foi pequeno. Novamente, para uma boa revisão sobre NNT – acessar este link.
– O fato de ser um estudo aberto (pcte e médico sabem em que grupo o pcte está) é uma limitação.